sábado, outubro 18, 2008

Ausência


Depois dos gritos da flor
Se fez silêncio tão de repente
Uma lacuna, onde o ar se perde
O desespero chega como um presente da dor

A flor só quis se sentir amada
A bailarina mais formosa do jardim
Uma deusa adorada por seu querubim
Mas feneceu por não ser cultivada

A rosa só precisa de água
E de um bom solo para desabrochar
É o mínimo,
É tudo que precisa para não despetalar

Mas o amor da flor se foi
E com um passo em falso a pisou
A sua vida ressecou
Agora, só resta a dor que a corrói

Naná Bia

Sem comentários: