
E depois de tudo (e tudo não é pouca coisa), tem que se contentar com as migalhas que caem da mesa. Tudo é frágil e inseguro, só há neblina, não se vê o horizonte.
O pulso ainda dói, os dedos estão sem joias, o coração sangra sem parar. Não tem médico, não tem remédio nem ninguém que se importe ou ofereça ajuda. Omissão de socorro.
Sem fotos, sem compensações, sem futuro. O que resta é um quartinho pequeno, solitário, longe do romantismo dos ares franceses.
Naná Coutinho